Você gosta de assistir o Master Chef? É daquelas pessoas que amam apreciar uma boa comida? Sua família costuma se reunir na cozinha para aquele bom papinho?

Essa prática é conhecida como virtuosa na atualidade: agourmandise. Mas você já se deu conta que sem sempre foi assim? Antigamente, essa prática era nomeada e conhecida unicamente como uma forma de condenação. Ela era vista como Gula: hábito de comer e beber em excesso. E, então, um vício.

Mas o que significa comer demais ou de menos? Quando esse ato passa de uma satisfação para adquirir uma função aversiva?

Algumas desordens psicológicas trazem a variabilidade desta ação em forma diversas, tanto em seus excessos como em sua insuficiência. Uma dessas desordens é a Compulsão Alimentar, que está relacionada ao exagero do consumo de alimentos.

Assim, enquanto a Gula traz consigo sensação de prazer e de excesso, a Compulsão proporciona consequências como sofrimento marcante, culpa, desgosto, depressão, vergonha…

A Compulsão Alimentar é um dos Transtornos Alimentares presente no DSM (307.51). Ela é caracterizada por comportamentos de ingestão, durante ocasião específica, com frequências específicas, de quantidades de alimento infinitamente maior do que seria consumida em outras circunstância iguais. Há a sensação de falta de autocontrole. Seu antecedente mais frequente é o afeto negativo. Mas existem muitos outros!

É importante perceber que o comportamento de se alimentar possui uma função única para cada indivíduo, em dada cultura, em dado ambiente. Essa “forma” é construída na nossa relação com o mundo.

Se você acredita que sua prática alimentar está, de algum modo, causando algum tipo de sofrimento a você ou a outro, procure um profissional para te auxiliar.