Você já fez aquela atividade física de hoje ou  deixou para depois? E aquela tarefa da faculdade/trabalho/escola? Como anda seu armário de roupas? E aqueles sapatos que precisam ser limpos? Já limpo? Já guardou as roupas? Leu aquele livrinho que gastou horrores para comprar? Ficou na cama até mais tarde? Perdeu o horário?

Se você já passou por alguma das situações acima, certamente já foi chamado(a) de preguiçoso(a).

A Preguiça está relacionada ao ócio, ou seja, a não ação. Mas nem sempre acontece em todas as áreas da vida, podendo ser mais provável de ocorrer em um único ambiente do indivíduo, por exemplo: escolar ou laboral (trabalho)…Se, por um lado, pode estar mais associado ao período da adolescência, por outro, é muito frequente na vida adulta, sendo muitas vezes inevitável aquela vontade de passar um tempinho a mais na cama.

Quando em excesso, pode ter efeitos distintos associados: a melancolia, a insatisfação, a falta de motivação, etc. Alguns comportamentos que poderiam ser confundidos com a Preguiça encontram-se presentes em desordens psicológicas, especialmente naquelas relacionadas ao sono-vigília, além da tão conhecida depressão. Um desses transtornos é a Hipersonolência.

Você consegue dormir rapidamente? Tem dificuldades para acordar pela manhã mesmo após horas excessivas de sono? Tem apresentado pouca ou nenhuma lembrança após atividades rotineiras simples, devido ao cansaço? Considera sua qualidade de sono baixa? Frente a situações de baixa estimulação e baixa atividade, apresenta episódios de sono intenso? Tem sentido vontade de cochilar durante o dia com mais frequência?

Os comportamentos acima estão presentes no Transtorno de Hipersonolência. Quando em graus mais avançados podem causar sofrimentos expressivos em algumas áreas importantes: social, profissional, cognitiva, entre outras.

Então, se eu responder Sim para a maioria ou todas as perguntas acima eu posso considerar que tenho Transtorno de Hipersonolência?

Depende.

Isso porque a quantidade de horas necessárias de sono não é a mesma para todos os organismos. Outras variáveis podem interferir na qualidade do sono como: uso de medicamentos, deficiências orgânicas, consumo de alimentos, rotinas de atividades, entre outros e precisam ser investigadas.

A frequência e intensidade que o cansaço tem se apresentado em sua vida tem um papel fundamental e precisa ser analisado e compreendido.