A Ira está relacionada a uma das emoções básicas: a raiva. Portanto, todos nós temos contato com ela em algum momento da vida. 

Porém, há diferentes situações que podem resultar nessa emoção, ou seja, o que pode despertar a raiva em mim pode não despertar a raiva em outra pessoa. E, ainda, o que eu entendo como raiva pode ser diferente do que você entende como raiva. Isso porque cada um tem sua história de vida e, assim, cada um vai aprendendo a descrever suas experiências de forma individual.

O fato é que, o modo como optamos em nos comportar na presença da Ira, pode nos dar pistas de como nos relacionamos com nossas emoções. Embora não possamos evitar emoções e sensações como essa, como seres racionais, podemos aprender a realizar escolhas melhores mesmo na presença dela.

Muito provavelmente se eu questionar se você voltaria a tomar decisões no momento da raiva, teríamos um percentual reduzido de SIM, isso porque temos a tendência a aprender com o resultados de nossas escolhas.

Lembrem-se: a gente pode sentir a raiva de forma mais intensa (Ira) ou menos intensa. Mas não podemos perder de vista o contexto que elas aparecem. Isso porque precisamos entender se estão  “proporcionalmente” adequadas a eles.

Existem alguns comportamentos relacionados ao excesso da raiva que são expressos por reações agressivas e que estão classificados no Transtorno de Oposição Desafiante, muito conhecido como TOD. 

O Transtorno Desafiador de Oposição (conforme CID) ou Transtorno de Oposição Desafiante (conforme DSM) está relacionado às constantes escolhas por ações mais provocativas e menos respeitosas para com o outro, mais contestadora e menos questionadoras, mais desobedientes e, então, menos obedientes.

São comportamentos hostis, aborrecedores…raramente quem opta por tais tipos de condutas tende a assumir a culpa pelos seus erros e, frequentemente, apresenta perda de paciência e baixa tolerância  às frustrações. O alvo desses comportamentos, geralmente, são adultos ou companheiros. De maneira geral, pessoas que são bem conhecidas.

Embora seja marcante a presença da raiva, deve-se observar se a intensidade dessa emoção é acompanhada de comportamentos agressivos mais graves que podem caracterizar outros transtornos. Os contextos que eles ocorrem podem sinalizar a gravidade do TOD.

Resumindo:

Há que nos atentarmos para quando há a presença da Ira ou de comportamentos relacionados à ela:

A função que as escolhas tem para o indivíduo, ou seja, o que ele(a) deseja obter e o que de fato ele(a) consegue como esses comportamentos.

A frequência e os contextos que esses comportamentos aparecem.